quinta-feira, 28 de abril de 2011

JPII: o Papa que aprendeu a chamar Nossa Senhora de mãe e amiga

Gracielle Reis
Da Redação

Assista ao vídeo "O Papa mariano"
 



Arquivo
A devoção de JPII à Nossa Senhora também se expressou quando consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria, em 25 de março de 1984.
Com nove anos, Karol começou a se preparar para a Primeira Comunhão. Ele ia à Missa às 6h da manhã. Depois se prostrava em frente à Virgem Maria e rezava. Foi sobretudo com sua mãe que aprendeu a ter uma devoção materna à Nossa Senhora. A mãe o consagrou aos cuidados da Virgem de Czestochowa, padroeira de todos os poloneses. O pequeno Karol aprendeu não somente a rezar Ave-Maria, mas também a chamar Nossa Senhora de mãe e amiga.

Desde então, a Virgem Maria tornou-se um referencial de vida e devoção para ele. À noite, antes de dormir, sua mãe ficava ao pé da sua cama para lhe falar sobre o amor a Deus e a devoção à Virgem Maria. Mais tarde, ele mesmo vai lembrar como essas noites abençoadas e extremamente importantes para o seu crescimento na fé e para o seu amor autêntico a Deus
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Estes trechos do livro “João Paulo II, uma vida de santidade”, de padre Roger Araújo, da Comunidade Canção Nova (Ed. Canção Nova, 2011), revela a história do menino, KarolWojtyla, que aprendeu em casa, com sua mãe, a ter devoção pela Virgem Maria, o que culminou em sua missão como Papa.

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.: Página especial da beatificação de JPII

Em diversos momentos de sua vida, sobretudo durante o pontificado, João Paulo II não deixou de ressaltar o seu amor pela Mãe de Jesus, assumindo, inclusive, em seu brasão episcopal o lema Totus tuus, inspirado na doutrina de São Luís Maria Grignion de Montfort sobre Nossa Senhora.
Sobre a doutrina do santo, João Paulo II escreveu uma carta às famílias monfortinas, na qual cita o “Tratado sobre a verdadeira devoção à Virgem Santíssima”, de autoria de São Luís e a influência deste na sua vida e devoção por Maria. “Eu próprio, nos anos da minha juventude, tirei grandes benefícios da leitura deste livro, no qual 'encontrei a resposta às minhas perplexidades' devidas ao receio que o culto a Maria, 'dilatando-se excessivamente, acabasse por comprometer a supremacia do culto devido a Cristo'", declarou o Santo Padre.
João Paulo II relata ainda, em seu discurso no VIII Colóquio Internacional de Mariologia (13 de outubro de 2000), que São Luís Maria Grignion de Montfort constitui para ele uma significativa figura de referência. Nos anos em que foi seminarista clandestino, ele trabalhava na fábrica Solvay de Cracóvia, na Polônia, e seu diretor espiritual o orientou a ler o Tratado.
“Li e reli muitas vezes e, com grande proveito espiritual, este precioso livrinho ascético de capa azul que se tinha manchado de soda. Ao situar a Mãe de Cristo em relação ao mistério trinitário, Montfort ajudou-me a entender que a Virgem pertence ao plano da salvação por vontade do Pai, como Mãe do Verbo encarnado, por ela concebido por obra do Espírito Santo”, conta. O Papa polonês explica que não poderia excluir de sua vida a “Mãe do Senhor”, pois ainda assim continuaria imerso na vontade de Deus-Trindade, que realizou a história da salvação com a colaboração “responsável e fiel” da Virgem Maria.
Segundo o Prefeito Emérito da Congregação para a Evangelização dos PovosCardeal Jozef Tomko, o Totus tuusmostra como João Paulo II era ligado à Virgem Maria, numa total oferta espiritual. “Este homem se doava em tudo, tudo”, destaca o cardeal.
“O Rosário é a minha oração predileta”
Esta foi a “confidência” de João Paulo II, no dia 28 de outubro de 1978, ao enfatizar que a oração do Rosário é “maravilhosa na simplicidade e na profundidade”.
De acordo com ele, o Rosário marca o ritmo da vida humana, no qual se percebe a presença da Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja e no qual o “coração [do cristão] pode incluir nas dezenas do Rosário todos os fatos que formam a vida do indivíduo, da família, da nação, da Igreja e da humanidade. Acontecimentos pessoais e do próximo, e de modo particular daqueles que nos são mais familiares e que mais estimamos”.
O próprio João Paulo II relata também, na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, que, desde de sua juventude, a oração do Rosário sempre o acompanhou, seja nos momentos de alegria e ou de provações. “A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto”, afirma.



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